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. Reflexão crítica de Quest...
. Arquitectura, Artes Plást...
A Escola Secundária de José Estêvão está durante esta semana a comemorar a semana do patrono. O grupo AveiroMinhArte vai participar com a afixação de cartazes com memórias de todo o trabalho no dia de amanhã.
Para mais informações, visita http://www2.esec-jose-estevao.rcts.pt/ACTIVIDADES/SEMANAESCOLA_08/SemanaEscola08.HTM
O grupo AveiroMinhArte vem por este meio anunciar a realização da iniciativa Arte Aberta, em cooperação com o Teatro Aveirense.
Pretendemos trazer para a rua a arte e pô-la em contacto com o público. Por isso, convidamos todos a estarem presentes no dia 10 de Maio, a partir das 14 horas.
Aqui está o programa provisório, aguardando confirmações:
14 horas
Pintura ao vivo e participação de grupos da Escola Secundária de José Estêvão e pela AveiroArte.
Actuações de diversos grupos de dança e música.
18 horas
Mais uma confirmação para o nosso debate. Eduardo Costa Ferreira é Arquitecto da Câmara Municipal de Albergaria. Mais um brilhante contributo para o magnífico debate que está a ser preparado.
Não percam, será sem dúvida uma oportunidade única!
Por razões alheias à vontade do grupo, houve um atraso na publicação deste texto, pelo que o grupo pede desculpa a todos que o esperavam consultar e ainda não tiveram oportunidade.
O questionário do qual a seguinte análise foi feita tem em vista apurar até que ponto os alunos de cada turma (e de cada área em particular) têm uma relação próxima com a cultura que se promove na região.
Antes de mais, entende-se por cultura tudo o que esteja relacionado com os três agregados de prioridade que o grupo estabeleceu: arquitectura, artes plásticas (pintura, escultura, instalações, fotografia, …) e artes do espectáculo (teatro, dança ou bailado, performances variadas, …).
Mas, mais do que esta noção, o questionário recaiu sobre a acção pública e dinamização cultural na cidade de Aveiro, nomeadamente em várias vertentes diferentes: o envolvimento dos alunos na cultura aveirense (primeira e segunda questões), a ideia formada pelos alunos sobre a importância da cidade no panorama cultural e a avaliação do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Aveiro.
Este questionário foi realizado a 142 alunos do 12º ano, sendo cerca de metade rapazes. Das turmas inquiridas, três são do curso de Ciências e Tecnologias (turmas A, B e C), uma é do curso tecnológico de Design (turma D), duas turmas do curso de Artes Visuais (turmas E e F), uma turma do curso tecnológico de Design de Equipamento (turma G) e uma turma do curso de Línguas e Literaturas (turma H).
A primeira questão (“Durante o ano de 2007, viste alguma exposição temporária de pintura ou escultura na cidade de Aveiro?”) visava auscultar o grau de envolvimento dos alunos no panorama cultural da região, nomeadamente relativamente a exposições temporárias de escultura ou pintura. São imensas as que ocorreram na cidade de Aveiro no ano de 2007, algumas das quais o grupo visitou durante a primeira fase da sua investigação.
É interessante ver como as turmas de Ciências e Tecnologias (turmas A, B e C) têm em média cerca de 32% de alunos que durante o ano transacto visitaram uma exposição temporária, contra os cerca de 63% dos alunos de Artes Visuais (turmas E e F) e os 58% das turmas dos cursos tecnológicos (turmas D e G). Torna-se curiosa esta grande diferença entre as áreas de estudos, o que nos deixa espaço para perguntar qual a razão desta incoincidência. Por um lado, esta diferença poder-se-á justificar com a diferença de interesses nas diferentes áreas de estudos, que se mostra num maior prazer em entrar em contacto directo com esta realidade. Porém, poderemos questionar-nos se estes resultados não serão uma consequência directa de saídas de campo às disciplinas de Desenho ou História de Arte. Já que o questionário não nos deixa espaço para responder a esta questão, ficamos na dúvida. Ainda assim, o grupo felicita-se com os cerca de 50% de alunos que recentemente tiveram contacto com novas criações artísticas expostas na região.
Quanto à segunda questão, abordava a mesma área de conhecimentos, mas desta feita de uma forma mais geral. Conhecer a agenda cultural da cidade de Aveiro não é tarefa fácil, ainda que seja uma cidade culturalmente parada. Os resultados, contudo, são surpreendentes.
Cerca de 50% dos alunos afirmaram conhecer com algum pormenor a agenda cultural da cidade, com as seguintes excepções:
A turma D, que está bastante mais inclinada para a resposta ‘Não’. Poder-se-á explicar isto com o facto de ser uma turma do curso tecnológico de Design que, pelo carácter raro, concentra alunos de diversas proveniências, muitos deles de fora da cidade. Assim, talvez pelo facto de não estarem integrados plenamente na dinâmica social de Aveiro, afirmem que não conhecem a programação cultural. Impõe-se-nos outra questão neste momento: se é um curso de Artes, por que razão é que os alunos desconhecem a cultura do ambiente escolar em que se inserem? Existirá aqui uma falta de interesse ou um problema na divulgação doas ocorrências?
Por outro lado, a turma G destaca-se pelo facto de 3 em cada 4 alunos saberem o que se passa culturalmente em Aveiro. Ora, é interessante ver como os alunos de Design de Equipamento se encontram, segundo os próprios, dentro da dinâmica artística da cidade. Tal como anteriormente, a turma é também composta por alunos de proveniências dispares, e é interessante ver como se dão resultados completamente diferentes. De facto, os mesmos 75% que afirmaram conhecer a agenda cultural, disseram que durante o ano transacto visitaram pelo menos uma exposição de artes plásticas na cidade. Será influência do meio académico ou interesse puro? Como explicar tamanha diferenciação?
A terceira pergunta abandona a dinâmica de conhecer Aveiro por dentro, passando para o conhecer de fora. Ao serem inquiridos sobre se Aveiro era um pólo cultural de referência nacional, os resultados foram díspares.
É interessante como mais uma vez se mantém a tendência das questões anteriores para um grande equilíbrio entre as respostas. Porém, desta feita teremos que destacar de forma gritante o resultado da turma E, na qual só 18% consideram que a cidade é um pólo cultural de referência nacional. Ora, por ser turma do curso de Artes, é curioso que seja a única a afirmar isto. A razão de tal parece-nos óbvia: os alunos, por terem mais conhecimento em termos culturais, têm a noção de que existe muito mais do que a cidade de Aveiro. E que, por essa razão, talvez se possa descartar tal hipótese. É também curioso confrontar estes resultados com os da turma F, também do curso de Artes, mas em que a tendência de inverte de forma esmagadora.
Será que a diferença de respostas não é conclusiva ou será que nos permite dizer que as turmas têm conhecimentos a níveis diferentes e por isso opiniões diferentes? E se isso acontecer, será saudável que duas turmas da mesma escola e da mesma área de estudos tenham tão diferentes conhecimentos e percepções da realidade?
A última questão pedia aos alunos para classificarem de 1 a 5 (sendo 1 a nota mais baixa) a acção do pelouro da cultura da cidade de Aveiro.
Média dos Resultados | |
Turma A | 3.2 |
Turma B | 2.6 |
Turma C | 3.1 |
Turma D | 2.8 |
Turma E | 2.9 |
Turma F | 3.4 |
Turma G | 2.1 |
Turma H | 2.5 |
Mais uma vez, todos os resultados estão entre o 2.6 e o 3.4. Por um lado, é interessante pensar que todos os alunos deram uma classificação mediana ao pelouro da cultura. Ora isto significa que, ainda que os alunos afirmem que não conhecem integralmente o que se passa no plano cultural na cidade, consideram que Aveiro está classificada como mediana a nível cultural. Agora, importa questionar o porquê desta resposta: será que é por falta de conhecimento de causa que os alunos atribuem classificações medianas ou será que é por conhecerem bem que assim o dizem? Talvez possamos considerar como mais acertada a primeira hipótese, se tivermos em consideração as respostas anteriores. Ainda assim, se os resultados desta questão são de certeza dubitável, poderemos também questionar-nos sobre o grau de certeza das restantes questões. Será que constituem fontes fidedignas de informação ou somente amontoados de informação aleatória dada pelos alunos?
Se considerarmos, por fim, que toda a informação foi dada tendo em conta juízos sólidos, poderemos concluir que: